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Loteria
federal será retirada do projeto de reforma universitária
O
Ministério da Educação (MEC) vai retirar do projeto de reforma
universitária a intenção de criar uma loteria federal para
financiar programas de assistência estudantil.
A informação foi dada ontem pelo diretor de desenvolvimento e
articulação institucional do MEC, André Luiz de Figueiredo Lázaro,
após debate sobre a reforma, promovido pela Unifesp (Universidade
Federal de São Paulo).
"[A intenção] pegou mal", afirmou Lázaro. A fonte para a
assistência, segundo o representante do ministério, ainda não está
definida. "Uma hipótese é amarrar isso à verba de custeio. Mas
ainda estamos estudando o caso."
Lázaro foi atacado durante o debate devido à intenção de se criar
a loteria. "Para mim é um problema ético o aluno se manter [no
ensino superior] por meio de um jogo de azar", disse a presidente
da Andes (Associação Nacional dos Docentes do Nível Superior),
Marina Barbosa Pinto.
O ministério recebe propostas de alteração no anteprojeto até o
dia 30 deste mês. A idéia é finalizar o texto até julho. O
ministro da Educação, Tarso Genro, já admitiu que o projeto terá
mudanças em outros 5 pontos, entre eles estão a regulamentação das
fundações de apoio às universidades e a participação de outras
instituições, além do MEC, na comissão que avaliará os pedidos de
verbas extra das universidades federais.
Durante o debate, o reitor da Unifesp, Ulysses Fagundes Neto, disse
que a instituição negocia a criação de novos campi, em Diadema
(Grande São Paulo) e em Interlagos (zona sul da capital).
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